Mostrar mensagens com a etiqueta Raymond Quivy in Manual de Investigação em Ciências Sociais. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Raymond Quivy in Manual de Investigação em Ciências Sociais. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 28 de abril de 2008



A Entrevista

Os métodos de entrevista caracterizam-se por um contacto directo entre o investigador e os seus interlocutores e por uma fraca directividade por parte daquele. Instaura-se, uma verdadeira troca, durante a qual, o interlocutor do investigador exprime as suas percepções de um acontecimento ou de uma situação, as suas interpretações ou as suas experiências, ao passo que, através das suas perguntas abertas e das suas reacções, o investigador facilita essa expressão, evita que ela se afaste dos objectivos da investigação e permite que o interlocutor aceda a um grau máximo de autenticidade e de profundidade.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

As Hipóteses


Uma hipótese é uma preposição que prevê uma relação entre dois termos, que, segundo os casos, podem ser conceitos ou fenómenos.Uma hipótese é uma proposição provisória, uma pressuposição que deve ser verficada. Construir uma hipótese não consiste simplesmente em imaginar uma relação entre duas variáveis. Essa operação deve inscrever-se na lógica teórica da problemática. Problemática, modelo, conceitos e hipóteses são indissociáveis: o modelo é um sistema de hipóteses articuladas logicamente entre si. Uma hipótese pode ser testada quando existe uma possibilidade de decidir, a partir da análise dos dados, em que medida é verdadeira ou falsa. Porém, ainda que o investigador conclua pela confirmação da sua hipótese ao cabo dum trabalho empírico conduzido com cuidado, precaução e boa fé, a sua hipótese não pode, ainda assim, ser considerada absoluta e definitivamente verdadeira, pois a complexidade e a mutabilidade do real fazem com que o progresso do conhecimento seja uma vitória parcial.Portanto o verdadeiro investigador nunca se esforçará por provar a todo o custo o valor de objectividade das suas hipóteses, ele procurará delimitar os seus contornos, não para as estabelecer mas para as aperfeiçoar, o que implica, de facto, que as ponha de novo em questão.

domingo, 20 de abril de 2008

Ainda sobre o questionário



Variantes

O questionário chama-se "de administração indirecta" quando o próprio inquiridor o completa a partir das respostas que lhe são fornecidas pelo inquirido. Chama-se "de administração directa" quando é o próprio inquirido que o preenche. O questionário é-lhe então entregue em mão por um inquiridor encarregado de dar todas as explicações úteis, ou endereçado indirectamente pelo correio ou por qualquer outro meio. Escusado será dizer que este último processo merece pouca confiança e só excepcionalmente é utilizado na investigação social, dado que as perguntas são muitas vezes mal interpretadas e o número de respostas é geralmente demasiado fraco. Em contrapartida, utiliza-se cada vez mais frequentemente o telefone neste tipo de questionário.